Embora o PS3 tenha sido palco de experiências memoráveis, nem todos os títulos lançados para o console conseguiram alcançar o mesmo brilho. Algumas desenvolvedoras prometeram muito, mas entregaram experiências terríveis, frustrando tanto a crítica quanto o público. Para entender o que deu tão errado, vamos explorar os piores jogos já lançados para PS3. Lembrando que as notas da crítica variam de zero a 100, enquanto as do público vão de zero a dez. Spoiler: não espere bons números.
Leisure Suit Larry: Box Office Bust

Com uma nota de 17 pela crítica e 1.8 pelo público, “Leisure Suit Larry: Box Office Bust” foi um desastre completo. A franquia Larry, conhecida por seu humor picante, teve seu pior momento aqui. Os gráficos eram horríveis até mesmo para os padrões da época, e a jogabilidade era confusa, cheia de missões frustrantes e mecânicas mal implementadas. Além disso, o humor, que deveria ser o ponto forte, foi descrito como forçado, ultrapassado e desconfortável.
Nada funcionava como deveria. Desde bugs ridículos até diálogos vergonhosamente mal escritos, o jogo parecia uma paródia ruim de si mesmo. Nem mesmo fãs nostálgicos da série conseguiram encontrar algo para salvar neste fiasco. É uma obra que, no final das contas, não apenas decepcionou, mas colocou a franquia em estado de coma criativo por anos.
Rambo: The Video Game

Lançado como um tributo à franquia de ação estrelada por Sylvester Stallone, “Rambo: The Video Game” conseguiu a proeza de ser odiado por quase todos que o jogaram. Com uma nota de 23 pela crítica e 1.7 pelo público, o título fracassou em todos os aspectos que importam em um jogo de ação.
Ao invés de oferecer uma jogabilidade emocionante, o jogo limitava os jogadores a um sistema ultrapassado de “rail shooter” (onde você não controla os movimentos do personagem, apenas atira). A inteligência artificial dos inimigos era risível, os gráficos pareciam tirados de uma geração anterior, e o som parecia algo de um jogo beta mal polido. Tudo isso fazia com que, ao invés de se sentir como Rambo, você parecesse estar controlando um boneco sem alma em um mundo genérico e sem vida.
Ride to Hell: Retribution

“Ride to Hell: Retribution” é frequentemente lembrado como um dos piores jogos já feitos, não apenas no PS3, mas na história dos videogames. Sua nota de 13 pela crítica e 1.4 pelo público fala por si só. É difícil até descrever o nível de desastre aqui: diálogos mal escritos, bugs que destruíam a experiência e um enredo sem pé nem cabeça eram apenas o começo.
O jogo parecia inacabado em todos os sentidos. A ideia de ser um “bad boy motoqueiro” era até interessante no papel, mas a execução foi tão ruim que ninguém conseguiu levar o jogo a sério. Missões entediantes, combate péssimo e cenas de romance tão mal animadas que se tornaram memes contribuíram para consolidar sua fama de “obra-prima do desastre”.
Fast & Furious: Showdown

Com uma nota de 21 pela crítica e 1.4 pelo público, “Fast & Furious: Showdown” conseguiu desonrar uma das franquias de filmes de ação mais populares do mundo. Enquanto os filmes são famosos por sua adrenalina e cenas de tirar o fôlego, o jogo entregou gráficos amadores, física de veículos que beirava o cômico e missões que mais pareciam castigos.
O jogo foi descrito por muitos como “chato demais para ser verdade”. Nem mesmo os fãs mais dedicados de Velozes e Furiosos conseguiram encontrar algo de bom no título. Em vez de proporcionar a sensação de estar em uma corrida emocionante, o jogo parecia mais um passeio lento e entediante pela rua.
NBA Unrivaled

Com nota 25 pela crítica e 1.4 pelo público, “NBA Unrivaled” foi uma tentativa fracassada de competir com gigantes do gênero, como a série “NBA 2K”. Enquanto seus concorrentes ofereciam gráficos de ponta, jogabilidade realista e modos de jogo envolventes, este título parecia um arcade mal feito dos anos 90.
Os gráficos simplórios e as animações travadas tornavam impossível se sentir imerso na experiência de jogo. Além disso, a falta de modos interessantes e de uma mecânica de jogo refinada fazia com que cada partida fosse mais uma tortura do que uma diversão. Resumindo, “NBA Unrivaled” é um exemplo perfeito de como não se deve tentar rivalizar com grandes franquias.
Amy

“Promessa de terror psicológico” foi como “Amy” foi vendido. Na prática, tornou-se uma das maiores decepções da geração PS3. A nota baixa de 25 pela crítica e 3.8 pelo público resume o impacto negativo do jogo. Os controles pareciam ter sido programados às pressas, os gráficos eram feios até para os padrões da época, e a história não conseguia engajar.
O terror vinha mais da frustração com a jogabilidade do que da atmosfera do jogo. Enquanto o mercado pedia experiências inovadoras no gênero de sobrevivência, “Amy” ofereceu uma execução precária que arrastou o jogador por cenários entediantes e mal construídos.
Thor: God of Thunder

“Thor: God of Thunder”, lançado em 2011, foi uma tentativa de capitalizar o sucesso do herói da Marvel nos cinemas. No entanto, o jogo ficou mais conhecido por suas falhas do que por seus méritos. Com uma nota de 38 pela crítica e 2.6 pelo público, ficou claro que algo deu muito errado.
Os gráficos eram datados e não faziam jus à grandiosidade do herói, enquanto os controles desajeitados tornavam as batalhas repetitivas e frustrantes. Para um jogo que prometia colocar os jogadores na pele de um Deus do Trovão, a experiência parecia tudo menos poderosa. A história, embora baseada no universo de Thor, era desinteressante, e a atuação de voz não ajudava a melhorar o cenário desolador. No fim, “Thor: God of Thunder” se tornou um dos maiores exemplos de como jogos baseados em filmes podem fracassar.
Duke Nukem Forever

Após um ciclo de desenvolvimento de mais de 14 anos, “Duke Nukem Forever” chegou ao PS3 em 2011, mas não fez jus à longa espera. A crítica foi implacável, com uma nota de 49, enquanto o público ficou ainda mais decepcionado, com uma média de 3.2.
O jogo parecia preso no tempo, oferecendo mecânicas ultrapassadas e gráficos que pareciam pertencer à geração anterior. O humor característico do protagonista, que funcionava nos anos 90, soou datado e ofensivo para os padrões modernos. Além disso, a jogabilidade limitada e os níveis mal projetados fizeram com que a experiência fosse mais uma tortura do que uma diversão. No final, “Duke Nukem Forever” provou que algumas franquias deveriam simplesmente permanecer no passado.
Golden Axe: Beast Rider

“Golden Axe: Beast Rider” foi lançado em 2008 como uma tentativa de revitalizar a clássica série da Sega, mas o resultado foi um completo desastre. O jogo recebeu uma nota de 45 pela crítica e apenas 3.0 pelo público, refletindo a decepção geral.
A jogabilidade era frustrante, com controles rígidos e mecânicas mal polidas. A falta de um modo cooperativo – um dos maiores atrativos da série original – foi uma decisão incompreensível e deixou muitos fãs indignados. Além disso, o design dos níveis era repetitivo, e os combates careciam de qualquer tipo de estratégia ou diversão. “Beast Rider” conseguiu destruir o legado de uma franquia amada, tornando-se um dos piores títulos lançados para o PS3.
Conclusão
Estes jogos são exemplos de como grandes promessas podem se transformar em grandes decepções. Muitos deles falharam não só pela falta de polimento técnico, mas também por ideias mal executadas, decisões de design equivocadas e uma total desconexão com o que os jogadores esperavam. O PS3 foi o lar de muitos clássicos, mas também trouxe títulos que merecem ser esquecidos. Se esses jogos ensinam algo, é que não basta ter uma ideia; é preciso saber como executá-la.
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